Eu sou irmã mais velha, praticamente 8 anos de diferença com meu irmão. E não é que aqui foi quase isso! Gabriel é 7 anos e meio mais velho que o Daniel.
Tive o Gá aos 23 anos, uma correria…. estava cursando o último ano de Comunicação Social e não era na minha cidade. E sabe aquelas coisas que só o destino pode nos proporcionar? Então, o decorrer do quarto ano foi marcado pela barriguinha crescendo, e no dia que ia fazer as fotos para o conclusão do meu TCC com meu grupo, eis que o meu pequeno e agora grande menino, resolveu nascer.
Ele nasceu no dia 30 de novembro e dia 12 de dezembro estava eu e minhas amigas apresentando nosso trabalho para a bancada. Falei que está aí o motivo pelo menino ser um matraquinha, formou-se no curso de Comunicação comigo!
E o tempo passou… Gabriel cresceu, e tudo ficava mais tranquilo e nos meus planos não estava engravidar novamente. Mas, um belo dia meu filho fala: Todo mundo tem irmão, menos eu! Você tem o tio Rômulo, o pai tem a tia Marilene, o tio Aylton e o tio Tony. A vó tem irmãos, o vô tem irmãos.
E eu fiquei com aquela cara de paisagem. Pensei muito e a noite conversando com meu marido decidimos, é agora ou nunca!
E a decisão foi tomada, até o nome do irmão ele já tinha escolhido, e de uma forma que não sei, ele tinha certeza que seria menino.
Mas, apesar da idade e do desejo de ter irmão, e me falar depois que se viessem mais uns 5 ele ficaria feliz (hoje esse pensamento mudou, vai que vem mais 5 “Daniels”), começou a perceber que algumas coisas iam mudar.
As compras não eram só para ele., algumas atividades que fazíamos juntos não dava mais para fazer grávida, e nesta fase ele não queria aquela “melação” na frente da escola. Mas com a gravidez voltou a ter… Colinho da mamãe voltou a ter importância.
Apesar de aumentar a aproximação, a ciumeira não foi forte, e mesmo após o nascimento ele foi bem tranquilo. Acredito que quando a diferença é pequena isso acontece com mais frequência.
Para facilitar a vida das mamães e papais que terão o segundo filho ou estão pensando em encomendar, e mais, para ajudar nessa fase de transformação de único para mais velho, pesquisei pontos importantes nessa transição.
Algumas crianças podem voltar a ter atitudes infantis, como fazer birra, xixi nas calças ou dormir na cama dos pais, essa o Gabriel fazia, aparecia no meio da noite pedindo para subir na cama. Essa é uma forma, consciente ou não, de chamar a atenção dos adultos.
A agressividade também pode surgir nessa fase, tanto com os pais ou até mesmo como o bebê. Por isso é importante preparar a criança para a chegada do irmãozinho. Os pais devem minimizar o trauma e tornar essa experiência agradável. Citar a importância ser irmão mais velho, que ensinará muitas coisas para o bebê. Mostrar que o seu lugar não passará para a outra criança, pois ninguém ocupará o espaço que é dele.
A maneira como a criança foi tratada no decorrer de seu crescimento será primordial para a análise de suas atitudes.
Li a matéria sobre esse tema em mulher.com.br, em que a especializada em desenvolvimento infantil Teresa Ruas, cita que “o momento ideal para contar à criança sobre a chegada do bebê é assim que a notícia for confirmada e a mãe já tiver passado pelo período crítico de chances de abortos espontâneo”. “Os pais devem ser o mais verdadeiro e honesto possível. Eles têm de demonstrar ao filho mais velho que amam cada um dos filhos e que será divertido e prazeroso receber mais uma criança em casa”.
Ela também cita que:
” É importantíssimo que os pais respeitem e acolham as expressões, os sentimentos e os comportamentos do filho mais velho. Impor ou forçar algum comportamento específico não é indicado para este momento, pois, assim como os pais precisaram de um tempo para conhecer o filho que acabou de chegar, o irmão mais velho também precisa de tempo para compreender melhor esta mudança”.
Eu acredito que o bebê necessita de muitos cuidados, mas a atenção com o primogênito é muito importante. Saber sobre o que pensa, suas necessidades e buscar a participação dele no cotidiano com o irmãozinho. Aqui funcionou super bem, ele se achava mais importante podendo ajudar, e percebendo o quanto o irmão é indefeso e que também dependia dele.
E isso não minimiza com o passar do tempo. Até hoje, passado mais de 3 anos, quando falo algo para do Daniel ele pergunta dele e faz algumas comparações. Como por exemplo quando andou ou falou. Ou ainda, quando o irmão apronta algo, ele diz: “isso eu não fazia, eu obedecia a mamãe!”
O guiadobebe.uol.com.br finalizou o seu texto sobre esse assunto brilhantemente, e acredito muito que funcione desta forma:
“Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho”.
“Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho”.
Fontes:
mulher.com.br
guiadobebe.uol.com.br
mulher.com.br
guiadobebe.uol.com.br