E quando você se torna mãe de dois (ou mais), também nasce a preocupação de não fazer diferença entre os filhos!
As vezes achamos que os maiores dilemas, dúvidas e medos estão na primeira gestação, concordo que o novo sempre causa esse efeito, ainda mais associado às bombas hormonais, e o saber que um pequeno ser será sua responsabilidade por toda sua vida.
Também concordo que na primeira gestação temos receio com as pequenas coisas, como o banho, cuidar do umbigo, cortar as unhas molinhas (já contei meu desespero), fora o parto e a amamentação… Mas, devo confessar que com a segunda gestação também surgem medos e inseguranças.
Assim que engravidei do Daniel, junto com a alegria de estar esperando meu segundo bebê, surgiu o medo de amar mais meu primeiro filho que o segundo…
Tá, na minha cabeça isso seria impossível de acontecer, mas algo sufocava minha garganta e logo vinha aquela dúvida: “Mas será possível amar tanto meu segundo, o quanto amo meu primeiro?”.
O amor que sinto por meu primeiro filho é tão intenso que me sentia incapaz de amar igualmente o meu segundo.
E o Daniel nasceu…
E me provou que o amor de mãe é igualmente imenso com todos os filhos. Senti como se meu coração dobrasse de tamanho, para conseguir carregar tanto amor!
Mas mãe é boba, e a fortaleza que somos em várias situações, divide espaço com as dúvidas e medos (e isso nos acompanha por nossa vida), e principalmente a preocupação de não fazer diferença entre os filhos.
Confesso que até com festinhas de aniversário, me pego pensando em como foi feito para o Gabriel, para não ser diferente para o Daniel.
Pode parecer maluquice, mas não gosto de imaginar um filho meu achando que estou fazendo diferença entre eles… E quando penso nisso, lembro que fazia chantagem emocional com minha mãe, falando que ela agradava mais meu irmão que eu!
Nossa, era para encher o saco dela, nunca senti isso! Pelo contrário, sou 8 anos mais velha que meu irmão, e quando ele nasceu, vários primos também nasceram (teve que dividir a atenção de “cute cute” da família). Eu não, do lado da minha mãe, sou a primeira neta, primeira sobrinha, e fui a única menina entre os primos durante 19 anos.
Engraçado (ou não) como nos colocamos no lugar de nossas mães depois que nos tornamos! Mãe, me perdoa por essa brincadeira, você nunca fez diferença, e eu sigo tentando fazer como você fez!
As vezes imagino como as mães de 3 ou mais, fazem para dar conta! Só montando cronograma e se organizando para conseguir lembrar de tudo!
Ah, para finalizar o assunto, e provar que os pais também vivem essa paranoia, essa semana veio bilhetinho do Daniel para autorizarmos a foto com a turma da escolinha (com várias opções de valores), confesso que fui pensar se era necessário, e antes mesmo que abrisse a boca para falar algo, meu marido soltou um: “Lógico que fará, para recordação… já pensou se ele vê as do Gabriel e ele não tem! O que irá pensar?”.