Começo o texto deixando bem claro que o foco aqui não é julgar, mas sim analisar a necessidade que cada pessoa precisa de um tempo só seu, ou então, um momento só do casal.
Já falei sobre a necessidade de um tempinho para a mamãe, de se cuidar, dar uma passadinha no salão, se isolar no quarto para ler um livro, praticar algum esporte, enfim, somos mães, mas também temos nossas necessidades. Quando estamos bem, cuidamos melhor de nossos filhos.
A culpa materna é um acessório de série que não pedimos mas é instalado em nosso nascimento e começa a funcionar assim que somos mães. Penso que quando definimos e aceitamos que um tempinho para nós, como indivíduo, é necessário, esse momento é libertador. Ficar uma hora {ou o tempo possível} longe dos filhos, para deixar sua autoestima melhor, para cuidar da saúde {física e mental} é maravilhoso, mas demorou para que eu entendesse isso.
Hoje aproveito alguns momentos que as crianças estão na escola para fazer exercícios, meu momento mamãe vaidosa, deixo para o dia que o pai pode ficar com os meninos, e aí vira um momento pai e filhos. E para o casal? Confesso que quando tinha apenas um filho as coisas eram mais fáceis. Idas ao cinema, jantares românticos… nem precisava pedir para minha mãe, ela se oferecia para ficar algumas horinhas com o neto, e aí nos programávamos.
Com a chegada do segundo filho isso mudou, acho que ele tem mais energia, e minha mãe tem medo da bateria dela não dar conta, e esse momento nosso ficou para escanteio. Sinto falta? Sim! Mas é algo que minha mãe não tem obrigação…
Estava lendo uma matéria no site da revista Pais & Filhos, onde um casal australiano passa todos os finais de semana sem a filha de dois anos, que fica com a avó, para que eles possam ficara sós.
Isso me fez lembrar da frase de Melinda Blau, no Seminário da Pais & Filhos que aconteceu domingo passado, que: “O seu filho deve ser parte da sua família, não o centro dela. Não deixe que seu filho torne-se uma criança rei.”.
Não acreditar em regras sobre a maternidade, pois no meu ponto de vista, cada mãe é única e cada filho também. Aqui em casa os meninos são totalmente diferentes, e tenho que adequar minha maternidade com a personalidade de cada um… Enfim, apesar de não seguir todos os ensinamentos da escritora, esse ponto achei que cabia nessa análise, crítica, texto {como você interpretar}, pois os filhos não devem ser o centro da família, e sim um membro participativo.
Meus filhos tem atividades individuais, e isso aumenta conforme vão ganhando mais idade e independência, e acredito que seja saudável e necessário. E isso também vale para os pais, tanto como indivíduo quanto como casal.
Mas aí também entram outros pensamentos e análises, só será prazeroso para mim se não for doloroso para o outro. Minhas caminhadas não tem impacto quanto a rotina dos meninos, pois faço no horário da escola, e meu momento salão de beleza, eles estão curtindo o pai…
No caso do casal australiano, se para eles não é necessário esse tempo com a criança, se a criança não sente falta desse momento com os pais, e a avó curte passar todos os finais de semana com a neta, é uma opção válida para eles. Tá aí a adequação da maternidade, cada família é única, cada mãe e cada filho também!
Na minha família não funcionaria, nossa visão de final de semana é aproveitarmos juntos. Sair da rotina da semana, onde todos temos nossas obrigações, seja de trabalho, casa e estudos, e sábado e domingo para nós é sinônimo de curtir nossa turminha.
Consigo sim, passar algumas horinhas longe deles, e acho que esse problema deve ser mais meu que das crianças, mas não conseguiria passar todos os finais de semana longe dos meus filhos.
E vocês? Essas “liberdade” aos finais de semana, seria bom?