Lendo uma matéria da revista Pais & e Filhos, onde apresentam uma pesquisa da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), que analisou famílias durante os três últimos anos, e concluíram que pais de meninas gastam 30% mais que pais de meninos, comecei a refletir.
Sou mãe de dois meninos, e posso garantir que se liberar a carteira aqui o resultado será desastroso. Então, pais de meninas, um abraço de solidariedade e compreensão!
Saindo do mérito de quem gasta mais, ou quem tem mais opções de compras… a questão é, você conversa com seu filho sobre o valor das coisas?
Eles têm noção que o cartão de crédito não é infinito?
Como são seus gastos com os filhos?
Já falei que os pequenos são bem mais espertos do que imaginamos, e se compreendem como nascem os bebês, é mais fácil ainda compreenderem que para conseguir algo {que custe dinheiro} é preciso trabalhar.
Na verdade, acho de extrema importância saberem por que o pai {e muitas vezes a mãe} sai para trabalhar. Que para ter a comida no prato, as roupas que vestem, é necessário ter dinheiro na carteira {ou como diz o Daniel, passar o cartão}.
As coisas ganham mais sentido, e até a aceitação de regras ficam mais claras, se eles sabem os “porquês”!
Muita vezes, o interesse para o gasto com as crianças parte do pais. Falo isso porque sou daquelas mães que saem para comprar roupas para si, e voltam com roupas para o filho, que na maioria das vezes não estava precisando.
E isso não é só pais de meninas que fazem, eu por exemplo, não posso ver uma camiseta de herói {Marvel, DC e principalmente Star Wars} que uma batalha interna se inicia {o lado negro da força me atrai para a compra}. Tênis então…
O pior não é o gasto no presente, são as consequências futuras… ensinamos {inconscientemente} que devem comprar as coisas mesmo sem precisarmos. Que a cada ida ao shopping, eles devem voltar com algo. E que a compra de presentes não se limita a dias especiais.
Parou para pensar nisso?
Entramos no assunto dos NÃOS necessários, e às vezes esses NÃOS são para nós mesmos, naquela hora de comprar algo para o filho que não estão precisando…
A arte de educar o filho parte do princípio de nos educarmos também. Educação financeira infantil também é muito importante, e um aprendizado para a vida.
Cada casa aplica de uma forma, aqui o Gabriel tem o dinheiro dele para gastos que ele julga necessários, isso porque ele recebe dinheiro dos familiares no aniversário e no Natal, e assim ele consegue se planejar com os itens que considera importantes.
O Daniel começou a lidar com dinheiro esse ano, na escola. Mando algumas orientações na agenda na sexta-feira, e ele leva R$ 5,00 {ele leva lanche, o dinheiro é só para ter esse contato com a compra, assistido pela professora auxiliar} para serem gastos na hora do lanche {é o dia do chocolatinho liberado}.
Como introduzir a mesada para as crianças
O que para muitos pais é dilema, pode ser uma forma de ajudar a ensinar educação financeira aos filhos, a mesada!
Uma matéria do Economia Uol, o educador financeiro Álvaro Modernell fala que é preciso ter periodicidade com a mesada, e ter o dia específico para isso.
Cita ainda que até os 6 anos as crianças apenas devem ter o contato com o dinheiro, para familiarizar-se. Sendo que dos 6 aos 7 anos, pode-se introduzir as mesadas semanais, pois com essa idade as crianças têm dificuldades para analisar em longo prazo.
Dos 8 aos 11 anos, pode-se passar as mesadas quinzenais, e a partir dos 12 anos, eles já sabem trabalhar com o ciclo mensal das mesadas.
Com pequenas mudanças em nosso estilo de vida e ensinando os pequenos a valorizar cada conquista, criamos hábitos saudáveis que serão levados para a vida. Afinal, a felicidade não está em bens materiais.