Educação financeira infantil – você compra tudo para seus filhos?

Lendo uma matéria da revista Pais & e Filhos, onde apresentam uma pesquisa da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), que analisou famílias durante os três últimos anos, e concluíram que pais de meninas gastam 30% mais que pais de meninos, comecei a refletir.

Sou mãe de dois meninos, e posso garantir que se liberar a carteira aqui o resultado será desastroso. Então, pais de meninas, um abraço de solidariedade e compreensão!

Saindo do mérito de quem gasta mais, ou quem tem mais opções de compras… a questão é, você conversa com seu filho sobre o valor das coisas?

Eles têm noção que o cartão de crédito não é infinito?

Como são seus gastos com os filhos?

educação financeira infantil
imagem pixabay

Já falei que os pequenos são bem mais espertos do que imaginamos, e se compreendem como nascem os bebês, é mais fácil ainda compreenderem que para conseguir algo {que custe dinheiro} é preciso trabalhar.

Na verdade, acho de extrema importância saberem por que o pai {e muitas vezes a mãe} sai para trabalhar. Que para ter a comida no prato, as roupas que vestem, é necessário ter dinheiro na carteira {ou como diz o Daniel, passar o cartão}.

As coisas ganham mais sentido, e até a aceitação de regras ficam mais claras, se eles sabem os “porquês”!

Muita vezes, o interesse para o gasto com as crianças parte do pais. Falo isso porque sou daquelas mães que saem para comprar roupas para si, e voltam com roupas para o filho, que na maioria das vezes não estava precisando.

E isso não é só pais de meninas que fazem, eu por exemplo, não posso ver uma camiseta de herói {Marvel, DC e principalmente Star Wars} que uma batalha interna se inicia {o lado negro da força me atrai para a compra}. Tênis então…

O pior não é o gasto no presente, são as consequências futuras… ensinamos {inconscientemente} que devem comprar as coisas mesmo sem precisarmos. Que a cada ida ao shopping, eles devem voltar com algo. E que a compra de presentes não se limita a dias especiais.

Parou para pensar nisso?

Entramos no assunto dos NÃOS necessários, e às vezes esses NÃOS são para nós mesmos, naquela hora de comprar algo para o filho que não estão precisando…

A arte de educar o filho parte do princípio de nos educarmos também. Educação financeira infantil também é muito importante, e um aprendizado para a vida.

Cada casa aplica de uma forma, aqui o Gabriel tem o dinheiro dele para gastos que ele julga necessários, isso porque ele recebe dinheiro dos familiares no aniversário e no Natal, e assim ele consegue se planejar com os itens que considera importantes.

O Daniel começou a lidar com dinheiro esse ano, na escola. Mando algumas orientações na agenda na sexta-feira, e ele leva R$ 5,00 {ele leva lanche, o dinheiro é só para ter esse contato com a compra, assistido pela professora auxiliar} para serem gastos na hora do lanche {é o dia do chocolatinho liberado}.

Como introduzir a mesada para as crianças

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O que para muitos pais é dilema, pode ser uma forma de ajudar a ensinar educação financeira aos filhos, a mesada!

Uma matéria do Economia Uol, o educador financeiro Álvaro Modernell fala que é preciso ter periodicidade com a mesada, e ter o dia específico para isso.

Cita ainda que até os 6 anos as crianças apenas devem ter o contato com o dinheiro, para familiarizar-se. Sendo que dos 6 aos 7 anos, pode-se introduzir as mesadas semanais, pois com essa idade as crianças têm dificuldades para analisar em longo prazo.

Dos 8 aos 11 anos, pode-se passar as mesadas quinzenais, e a partir dos 12 anos, eles já sabem trabalhar com o ciclo mensal das mesadas.

Com pequenas mudanças em nosso estilo de vida e ensinando os pequenos a valorizar cada conquista, criamos hábitos saudáveis que serão levados para a vida. Afinal, a felicidade não está em bens materiais.

 

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