Muito se fala {e concordo com muitos comentários} sobre a vida em condomínio. Moramos em um condomínio de apartamentos, muitos apartamentos, e os comentários, na maioria das vezes eram sobre as crianças ficarem presas em seus apartamentos {e sempre acompanhados de uma carinha de dó}.
Não necessariamente as crianças ficam presas em suas casas, na verdade, não deixo o pequeno descer sozinho {justamente por considerar pequeno} e o mais velho levou um bom tempo para fazer isso. Mas, temos um parquinho bem legal, uma quadra maneira e que podemos jogar futebol, vôlei, tênis… e em tempos que brincar na rua não é mais uma opção {pelo menos aqui na minha cidade}, a área comum do condomínio é uma ótima alternativa de quintal compartilhado.
E é assim, compartilhando, que as crianças que moram em condomínio crescem. Não que as outras crianças não aprendam, mas as nossas crianças criadas dividindo espaços e elevadores tem diariamente trabalhado o viver em comunidade {de forma muito intensa}.
O “bom dia”, “boa tarde” e o “boa noite” começa no elevador com os vizinhos, e passa pelas “moças que deixam tudo limpinho” e termina no porteiro, isso imaginando que estamos saindo, na volta é o contrário.
No quintal de sua casa os amigos limitam-se aos que você convida {isso pode ser uma vantagem}, aqui no condomínio nos encontramos com todos, e tem dias que os todos são muitos, e as crianças aprendem a dividir… o espaço no parque, a bola na quadra e o brinquedo da brinquedoteca.
No meu condomínio o estacionamento não é subterrâneo, isso significa que por estar no nível dos prédios ele tem rua, e as crianças desde cedo aprendem atravessar olhando para os lados e na faixa de pedestre {de uma forma mais tranquila, porque aqui tem controle de velocidade}.
Barulho é uma coisa séria, eles sabem desde sempre que após as 22 horas nada de barulho alto, e que bem cedinho também não pode, sempre tem alguém dormindo.
Segurar o elevador para alguém que está chegando, apertar o botão do andar de quem está com as mãos cheias de compras… torna-se natural.
Então, não fique com dó de crianças criadas em condomínio, elas são tão felizes quanto as outras, e posso falar… vida em condomínio tem suas vantagens e aprendizados.