O perigo no supermercado

MorgueFile


      Vocês sabem que sou totalmente contra palpites e pitacos na maternidade. Juro, esse post não é para cutucar ou implicar com situações, mas sim para relatar um fato que me deixou muito preocupada.

 
     Essa semana fui ao supermercado, coisa comum no nosso dia a dia, e consegui ir sozinha, milagre! Enchi o carrinho e fui para a fila, como sempre escolhi a dedo, sempre vou naquela que o cartão não passou, ou a pessoa pagou com cheque e tem que preencher um cadastro, ou então o cliente teima que aqueles centavos estão sendo cobrados a mais, não que esteja errado, temos que reclamar e revindicar nossos direitos, mas juro que quando estou com pressa dá vontade de dar os centavos pro tiozinho!
 
     Voltando ao assunto, que não é criticar as formas de pagamento, fiquei um tempo na fila, pois todos que estavam no supermercado resolveram ir para o caixa ao mesmo instante que eu, e percebi que fiquei logo após uma senhora, uma mulher e uma criança, que deve ter a idade do Daniel, uns 3 anos.
     Como mãe, logo fiz aquela carinha de boba para a criança, com um sorrisinho, mas logo a minha cara de boba passou para cara de desespero, quando percebi que o menino estava sentado na cadeirinha própria para bebês.
     O supermercado que frequento tem algumas opções de carrinho, um pequeno, aquele “vamos rápido, só pegar o que estamos precisando”… , tem o “hoje é dia de despesa”, o “plus do dia de despesa”, aquele com cadeirinha para crianças, onde o “plus” são as guloseimas e a última, que é o “dia de despesa com fraldas”, com carrinho para bebês.


     Analisando as opções, o mercado não iria comprar quatro modelos se não precisasse adequá-los a algumas realidades… o bebezinho não consegue ficar sentadinho na cadeira para crianças maiores, e nem as crianças maiores ficam confortáveis e principalmente seguras na cadeirinha de bebês.

     A questão é que o menino de nome Arthur, sei isso porque a mãe falou o nome dele umas 20 vezes, super normal, faço isso direto, falo tanto Daniel que quando vou chamar o Gabriel, sai… Daniel! A louca que consegue trocar o nome dos filhos, tendo apenas dois… imagina antigamente que tinham 15! Eu teria que numerá-los, Primeiro, Segundo… senão ia chamar a Maria de João, o José de Sebastiana e aí vai..
 
    Continuando, a mãe chamou várias vezes o nome do menino, pois ele não estava sentado adequadamente. Não dá para colocar o cinto de segurança do carrinho que é para crianças menores, então o Arthur ficava em pé, de barriga para baixo, se esticava para pegar guloseimas que ficam estrategicamente posicionadas no corredor do caixa, ele chegou a ficar de cabeça para baixo tentando pegar o que estava dentro do carrinho dele.
 
    Nesse momento a minha barriga gelou, pois o carrinho se mexeu e juro que achei que o menino ia levar um tombo, soltei até um mini gritinho e fiquei mais próxima do carrinho dele!

Imagem da Internet


     Meu coração de mãe que se desespera com qualquer criança só se acalmou quando a mãe decidiu tirá-lo de lá…
 
    Gente, agora imagina um tombo daquela altura! Na melhor dá hipóteses seria um galo gigantesco.

      Uma pesquisa americana publicada pela Revista Crescer mostra que a cada 22 minutos uma criança se machuca em um carrinho de supermercado, isso é muita criança se machucando! Vale conferir o texto, pois além da pesquisa, ele também apresenta dicas importantes para a segurança dos pequenos.
 
     Então não é pitaco, é ter consciência do perigo que é um carrinho de supermercado quando não usado corretamente. Na verdade ele nos auxilia muito, pois além de carregar muitos produtos, os adaptados para transportar as crianças, nos auxilia para que não percamos os pequenos de vista. E quando o locutor do estabelecimento fala “Senhores pais, leve suas crianças em carrinhos próprios, com acento!”, não é frescura, é segurança!

4 thoughts on “O perigo no supermercado

Comments are closed.