Baú de Menino

13 observações sobre 13 Reasons Why

Começo avisando que o texto possui spoiler! E também aviso que não sou especialista, que o texto não tem participação de especialista, e é um post de uma mãe, que já foi adolescente, e que adora séries e filmes.

Apesar de preferir comédias e temas leves, 13 Reasons Why me chamou atenção, mais pelos comentários que li (taurina curiosa), do que pelo tema (admito). Na verdade, o tema suicídio me deixou um pouco temorosa, afinal, como seria minha reação ao assistir algo que já sabia o (triste) final?

Hannah, a personagem principal que comete suicídio, deixa 13 fitas gravadas, onde cita os “porquês” que a levaram a esse trágico caminho.

Sei que cada pessoa reage de uma forma a uma determinada situação, e por isso analisei 13 pontos importantes (na minha visão) em 13 Reasons Why.

Tecnicamente falando…

1- A série

A série da Netflix é uma adaptação do livro de Jay Asher, com o mesmo título, que gerou muitos comentários, assim como a série.

Todas os episódios estão disponíveis, e isso é um ponto positivo para quem curte (como eu) fazer maratonas. Assisti a série em 2 dias, mas achei os episódios longos (pode ser proposital), e os temas de cada episódio poderiam ser mais trabalhados.

Vale destacar a produção de Selena Gomez, a participação de Kate Walsh (tão conhecida em Grey’s Anatomy e Private Practice), e que tem papel fundamental na série, como a mãe de Hannah.

No meu ponto de vista, devem assistir…

2- Pais de adolescentes (ou de futuros adolescentes) e jovens

Apesar de tratar de um ambiente de adolescentes do ensino médio, massantemente abordado pela indústria de filmes e séries americanas, onde circulam nerds, atletas e líderes de torcida, o contexto é bem complexo, obscuro, e o tema forte.

Por isso acho que o público da série são adultos e jovens adultos, apesar de ter recomendação para maiores de 16 anos.


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Assuntos abordados…

3- A velocidade das redes sociais

A praticidade de compartilhar informações pode ser boa ou má, tudo depende da intenção do que é compartilhado. E isso não se refere só a adolescentes. Um computador ou um celular podem ser armas, apontadas contra a saúde emocional de alguém.

É algo que todos vivemos em nosso dia a dia!

Quantas vezes você curtiu sem ler, comentou sem ter vontade ou compartilhou sem saber se aquilo era verídico?

Já analisou se aquela imagem ou texto afeta ou afetou alguém?

4- Bullying, Depressão, Machismo, Discriminação e Violência

O seriado não é “só” sobre suicídio, mas também sobre muitos outros problemas presentes, não apenas na vida dos jovens, mas na sociedade em geral.

Temas esses que precisam ser abordados, vistos com uma lente de aumento. É como um alerta de algo que pode estar do nosso lado e não enxergamos.

Acho que cabia mais ênfase, mas valeu o choque de realidade.

5- Suicídio

O tema não é só abordado, mas também é mostrado o suicídio de Hannah, e confesso, não olhei totalmente a cena. Achei desnecessário e forte (acho que essa era a intenção, o impacto), mas por isso questiono se deixaria um filho de 16 anos assistir.

Conversando com várias amigas que assistiram, cada uma teve uma reação com a cena, algumas choraram, outras tiveram angústia, e muitas (como eu) não olharam. Enfim, fico pensado a reação de uma pessoa emocionalmente instável assistindo, ou de um jovem que passa por algum desses temas que foram abordados.

Acho, sinceramente que, pessoas mais vulneráveis, emocionalmente falando, não deveriam assistir a série.

Pontos para prestar atenção…

6- A visão dos personagens

A linguagem da série é bem legal! Lógico que é abordado em primeiro plano a visão da Hannah e do ouvinte, seu amigo Clay. Mas você notará que no decorrer do seriado, cada pessoa tem um motivo que justifique (na visão deste) suas ações.

Assim como em nossas vidas, cada pessoa absorve a informação de uma forma, e reage de outra bem distinta.

7- Os “porquês”

Tá tudo junto e misturado, e você observará que alguns porquês são mais graves que os outros (pelo menos no meu ponto de vista).

Tem desde confusão de sentimentos até crimes, mas que para a personagem, contribuíram para que ela tomasse a terrível decisão.

Algumas vezes questionei se a visão da personagem principal era realmente verdade.

8- A importância da escola

Crianças, adolescentes e jovens ficam muito tempo no ambiente escolar, sendo parte fundamental no seu convívio social.

O problema maior é quando não existe o diálogo escola/pais, e principalmente, a falta de controle do que acontece nesse ambiente.

Muitos dos problemas de Hannah acontecem na escola, e ela dá alguns sinais de que precisa de ajuda. Mas, esses não são enxergados, ou se são, não recebem devida atenção.

9- As fitas

As gravações de Hannah mais que “acusam e entregam” os personagens (os porquês), mas também poderiam ou não gerar reflexão. O tão conhecido “peso na consciência”.

Observe cada personagem isoladamente e a reação de cada um com o seu “porquê”.

10- Cada um com seus monstros

Fica claro que cada personagem tem seus dilemas, em determinado momento, alguns piores que os de Hannah. Mas o que leva a personagem ao extremo?

Reflexão

11- Diálogo pai e filho

Nos tornamos adultos e parece que a adolescência fica para trás e com ela tudo o que vivemos nessa época.

A importância do diálogo pai e filho é apresentado de duas formas, por olhar os vários relacionamentos familiares apresentados (são várias famílias, vale dar uma atenção especial para a dinâmica de cada uma), e refletir em nossa própria família.

12- Amizades

As amizades também me geraram reflexão. Na adolescência temos a necessidade da quantidade de amigos, não é? E com o passar dos anos e a maturidade, percebemos que a qualidade é muito mais importante que números.

Mas, pior que a necessidade da quantidade, são as amizades vazias.

Quantos amigos (amigos mesmo) você manteve da época do colégio? Aqueles que você podia confiar… Que estenderiam a mão caso você precisasse.

Algumas amizades são descartáveis e tóxicas. E será que os jovens estão cientes disso?

Será que Hannah teve algum amigo que poderia salvá-la?

13- O meu umbigo

Mais que suicídio, que bullying, que preconceito e violência, algo que me chamou muito a atenção é egocentrismo.

E isso não é determinante em apenas uma fase da vida. Existem indivíduos que são egocêntricos durante toda a sua vida…

Empatia, acho que essa é a palavra para evitar toda a sequência de “porquês” que aconteceram na vida de Hannah.

Como Clay fala, “Precisamos cuidar uns dos outros”.

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