Porque quando viramos mães, alguém aciona o botão dos medos e das inseguranças maternas.
E só faltou a batidinha nas costas e falarem:
“É com você menina! Esse bebê é todo seu, e cuide com muito cuidado!”
Não sei vocês, mas assim que me tornei mãe as inseguranças apareceram e os medos tomaram conta! Não que isso seja constante, mas parece que tudo que é novo é temido, pelo menos nesse quesito.
A Camila corajosa, desbravadora, foi deixada de lado, e até um simples parque de diversões pode me trazer calafrios na espinha.
Isso começou na maternidade, com aquele “vamos mãe, fazendo a pega correta ele vai mamar!”, isso porque o Gabriel não pegou o peito de primeira, nem de segunda, acho que foi na terceira, ou quarta. E o meu medo começou quando uma das enfermeiras falou: “eles tem uma reserva, mas se você não conseguir (eu!) teremos que entrar com suplemento!”.
Pronto, mãe neura medrosa e insegura em ação!
Mas consegui, com o desespero na garganta e engolindo o choro, eis que ele mamou… mamou, mamou e saímos do hospital!
Eita, saímos! E agora? Dei banho lá mas tinha enfermeiras por perto…
E não é só o banho, tem que cuidar do umbigo, da moleira, cortar as unhas, ai as unhas! Já falei sobre meu medo das unhas… molinhas, delicadas!
E o arrotar depois que mamou! Sim, tem que arrotar… mas nem sempre acontece! E ninguém te avisa, e você fica ali, tentando, porque tem medo que algo aconteça se ele não arrotar.
Graças a Deus tudo vai se acalmando, passando… o bebê vai encontrando na rotina sua segurança e a mãe encontra a segurança nela mesma.
Eu, sinceramente, acredito que o primeiro mês é o mais corrido, mais desgastante e o mais intenso. É nele que o vínculo se forma, onde descobrimos e somos descobertas.
Nos fortalecemos nos medos e inseguranças e eles nos impulsionam para viver a maternidade. Porque é fácil terceirizar as tarefas, mas nos sentimos completas quando fazemos.
Por isso digo, esse primeiro mês esqueça um pouco da casa, a vaidade, os horários. Curta o bebê, aprenda com o bebê e lute contra os medos e inseguranças. E nos intervalos, descanse, para quando acordar fazer novamente essa rotina, que logo será tirada de letra.