Maternidade amiga X Maternidade competitiva

Acredito que a maternidade amiga pode beneficiar as mães, e melhor ainda, os filhos.


      Já parou para pensar como a maternidade seria mais leve se as mães se ajudassem e não competissem? Que legal seria se quando seu filho começasse a andar os comentários fossem “que lindo, como ele está evoluindo…” e não um “seu filho só começou andar agora?. O meu anda desde os 5 meses….” (gente eu inventei, tá? isso é impossível… eu acho!).

     E esse ambiente de competição ocorre desde quando você está grávida… com a escolha do parto, com a quantidade de quilos que engordou, se fez ou não atividade física. Isso é uma amostra do que a mãe vai enfrentar pela vida inteira.
 
      Porque aí começam os times das que amamentaram e as que deram mamadeira, os que deram e os que não deram chupeta, se a papinha é orgânica ou não (também tem a divisão das que congelam e as que fazem na hora). Depois as disputas evoluem… Quando sentou, engatinhou, andou, falou… e por aí vai! E quando digo pra vida inteira não estou brincando, pois fala se não perguntavam para sua mãe se você estava namorando, porque ciclano já estava! A Melina do blog Maternidade Simples postou um vídeo que mostra muito isso, o importante é o amor, não competir… todas somos mães!


 
       Ter orgulho e corujice é uma coisa, ser insensível é outra…
 
     Tem mães preocupadas, e acabam ficando “encanadas” com determinados assuntos por alguém ter dito que o filho fez isso antes ou melhor.
 
      Se a maternidade for mais unida, se comentar sem julgar ou competir, acredito muito que ela será leve. Se dividirmos nossos conhecimentos, sem se definir como melhor ou pior, sem rotular, será benéfico para a criança, para a mãe, enfim, para toda família.
 
     Tenho dois filhos e eles são totalmente diferentes (lógico, são pessoas diferentes apenas criados pelos mesmos pais), e sofri comparações com os dois, comparando um com o filho de outra mãe, ou comparações entre os dois… (as vezes temos que nos policiar, podemos fazer entre filhos sem perceber).
 
     A questão é que essa competitividade não tem lado positivo, diferente do esporte, na maternidade a competição só causa inimizade e sofrimento.
 
      Mas olha que legal quando as mães se unem, se apoiam…
    Como já contei, tive diabetes gestacional e nesse misto de preocupações e inseguranças, muitas mulheres (mães) se aproximaram (e nem todas eram tão próximas) e relataram suas experiências. Vocês não tem noção da quantidade de receitas e indicações de produtos recebi.
 
      Em nenhum momento fui julgada ou então comparada com outras gestações… isso me fez um bem, um carinho na alma! Consegui tocar a gravidez mais animada e me senti abraçada. É disso que falo quando cito uma maternidade amiga. 
 
      Você não precisa conhecer a pessoa, mas se sensibilizar com a situação e tentar ajudar ou não, mas sem julgamentos.

      Conversando com as meninas do grupo Confissões Maternas, notei que isso é tão comum (e não deveria ser…) que achei legal colocar os comentários de todas:


“Seria perfeito se todas nós não precisássemos passar por esse tipo de constrangimento, comparações. É tão reconfortante quando alguém nos ajuda ao invés de julgar, apontar, competir… Somos mães e somos perfeitas com as nossas imperfeições. Durante a gravidez sofri com essa competitividade e durante a minha maternidade tbm. As vezes sou bem educada nas respostas, mas confesso que tenho vontade de ser bem mal criada kkkkkk… Dependendo de como se fala é possível magoar uma pessoa. 
Espero que essa troca de experiências possa nos ajudar muito.”



“Eu sou uma mãe que num primeiro momento seria apedrejada em praça pública pelas mamães que optam pela maternidade ideal: eu não cantei para minha barriga, não amei loucamente minha gravidez desde o início, comi de tudo, o parto foi cesarea e depois quando Melissa nasceu, não consegui amamenta-la, usou chupeta, mamadeira, desfraldou tardiamente… E mesmo assim nunca me senti menos do que ninguém, insegura sim, porque sempre fui muito criticada pelos caminhos escolhidos, ou pelo rumo que a maternidade tomou no meu ser mãe. E eu precisei tanto de orientação e apoio naquela época, e pouco tive, minha família era minha força, mas mesmo assim eu era uma mãe falha, sem grandes guias e eu acredito que poderia ter feito melhor ou diferente, se houvessem mães, oops, mãos estendidas. Lógico, que tem o lado das conquistas, e eu jamais me vangloriei por elas, porque não sou mais que outras,nem tão pouco Melissa. Hoje, vejo como é essencial um grupo que se engaje em prover conteúdo, informações e amparo para que mamães não sejam como a mãe que fui, perdida em muitas questões.”



“A maternidade com certeza seria leve e unida, se fosse sem competições e sem julgamentos, já ouvi muitas coisas e ignorei outras nessa minha jornada como mãe.Fiquei feliz por você ter tido apoio e ajuda quando precisou e isso é tão bom pois faz toda a diferença. Que possamos ter uma maternidade amiga e unida sem julgamentos.”


“Um tema super pertinente nos dias que estamos vivendo… ás vezes a competição acontece de propósito… Mas tem momentos que é até “sem querer” porque como mães nos empolgamos em falar de nossas crias… e se andou, falou rápido demais enaltecemos como se fosse prêmio… e se demorou, carregamos a culpa e ficamos pensando: o que fizemos de errado? A maternidade é uma caixinha de surpresas… e cada etapa merece ser vivida com intensidade, se demorou… ah pode ser o tempo da criança. Não que esteja atrasada… cada criança é única. Sejamos mais amigas… tardias em falar de nós mesmas, procurando ouvir uma a outra, dar atenção e ser solidária. E a competição…. deixa pra lá.”



“Acredito haver uma linha tênue entre a maternidade amiga e a maternidade competitiva. Depende da forma como a pessoa se expressa e da sua intenção. Dar conselho é diferente de tentar impor. 
Percebo haver maior competição nas redes sociais. Algumas pessoas se escondem atrás de um perfil para destilarem seu veneno. Seguem outras mães somente com o objetivo de criticar e julgar. 
Confesso que, no início da maternidade pode haver um encantamento. E a mãe “errar na mão”. Se sentir super poderosa, por exemplo, porque conseguiu ter um parto normal. 
Creio que “errei na mão” ao falar do colic calm. Mas esse medicamento fez muita diferença na minha vida, e eu queria, que fizesse na vida de outras pessoas. Se via alguma grávida já ia comentando. Depois, percebi que existem outras formas de amenizar as cólicas. Não deixei de falar dele, mas falo em outro tom.
Se vocês me pedirem quando Pedro começou a sentar, não saberei precisar. Não sou ligada à esses detalhes. Anoto algumas coisas num aplicativo para mostrar para ele no futuro. 
Acredito que cada bebê tem seu próprio tempo, cada mãe sua forma de materna e é bobagem comparar.
Devemos nos apoiar para criamos crianças capazes de mudarem o mundo. Com certeza, a competitividade não é o melhor caminho.”



“Esse tema é muito importante e também como comentado, muito confundido. Maternidade competitiva, na minha opinião, não é saudável! Algumas (muitas) mães acham que podem interferir sem nenhum critério nas escolhas e decisões de outras mães pelo simples fato de terem “experiência” também no assunto, mas ai eu deixo a questão; Todas crianças são iguais e passam por todas fases do mesmo jeito? Não!! Então precisamos respeitar e apoiar umas às outras, dar seu ponto de vista sim é muito válido e bem vindo, mas sem comparação é competitividade. Temos tanto a agregar e dividir que a maternidade amiga tem muito mais a ganhar, vamos se ajudar meninas…”



“Sou o tipo de mãe que procuro não fazer comparações, mas inevitavelmente fazemos sem perceber, então não julgo quem o faz dependendo da forma que a pessoa se expressa. Mas é bastante incomodo e por vezes nos sentimos diminuídas. Naquele momento a gente não consegue assimilar que cada criança tem o seu tempo e fica cheia de grilos na cabeça. 
Minha filha andou com 1a3m e eu ouvi diversas vezes comparações, as vezes até um tanto maldosas. Apesar de a pediatra me assegurar que nada de errado tinha com a minha filha (e eu instintivamente saber disso) as comparações me 
deixavam muito triste e insegura.
Portanto sejamos mais cautelosas e amigas, nos ajudando e trocando experiências sem querer ser “mais” que outra mãe. Cada uma com sua forma de maternar! Nada de comparar porque cada pessoa é um ser único! Lembremos disso!”

“Realmente existe e muito essas picuinhas e comparaçoes. Aprendi com minha mae, que nao se deve competir com ninguem principalmente quando se trata de Maternidade. Sempre tive esse cuidado em nao julgar outras maes, principalmente, antes de ser Mae. Passe por algumas situaçoes chatas e me aborreci muito. de pessoas que ainda nao tinham seus filhos, e me julgavam, queriam me ensinar, aquilo que nem mesmo elas sabiam, na verdade nem eu sabia, estava aprendendo, era tudo novo para mim. e hoje, vejo que com o passar do tempo, as mesmas pessoas que me julgaram, passam pelas mesmas dificuldade e medos.E o que fica de aprendizado, é que nao devemos querer ser melhores que ninguem, temos telhado de vidro, nao é mesmo ? Vejo a maternidade, como uma dadiva, e que essa dadiva, entao, venha transformar tudo em amor. principalmente que haja menos competicao e mais trocas de experiencias e aprendizados umas com as outras.”

      Se você quer dividir suas experiências e dúvidas com outras mães, sabendo que não será julgada, junte-se a nós no grupo Confissões Maternas, que além da Blogagem Coletiva, mantem um papo gostoso de apoia as mamães.

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