Baú de Menino

Conversar com sua barriga de grávida é tudo de bom!

Imagem da Internet
 
      Já repararam que a maternidade pode fazer algumas pessoas nos acharem doidas? Não que eu já não fizesse algumas coisas que pudessem levantar essa suspeita, por exemplo, sempre cantei no carro enquanto dirigia, não posso culpar meus filhos… conversar com os animais também. Ah, aquela vozinha de bebê que fazemos ao falar com crianças pequenas, eu também já fazia…

       Mas depois da maternidade surgiram outras coisas, como acordar a noite para ver se o filho está respirando, ter um ataque cardíaco quando toca o celular e já achar que é da escola, e pior, que aconteceu algo na escola… e quando seu filho grita do banheiro que acabou o papel higiênico e você já acha que ele está passando mal.
 
      Mas notei mesmo que estava mudando quando comecei a conversar com a barriga! Sabe aquele momento que a barriga não cresceu o suficiente para te acharem grávida e ficam na dúvida se você engordou? Então, nessa fase eu já me achava com a barriga de melancia, e vivia alisando e conversando com ela…
 
      Quando engravidei, cursava o último ano da faculdade de comunicação e estagiava em um departamento de comunicação em uma grande empresa da cidade. Bem, aí já expliquei que gosto de me comunicar, e por que não me comunicaria com meu baby? Ele estar na minha barriga era mero detalhe.
 
      Mas era isso que eu fazia, na hora do almoço, ele estava saltitante, já ia acalmando o rebento com um; “Calma filhão, a papa tá chegando…”. Nem preciso comentar a cara dos colegas quando escutavam… todos solteiros, sem filho e a doida falando com a barriga.
 
      Nessa época eu entrava as 7 horas no trabalho e saía às 17 horas, tinha que pegar o busão para faculdade às 17:50 hs, nem dava para ir para casa… “então, filhão vamos comer no caminho”. Se as pessoas que sabiam da situação já ficavam com cara de espanto, imagina quem nem me conhecia e só me achavam gordinha!!!
 
     Na faculdade era um, “vamos cooperar com a mamãe que tenho que prestar atenção na aula”. Acho que os professores pensavam, melhor passar essa aí… rss
 
     Mas brincadeiras à parte, instintivamente achava legal conversar com o bebê, e sentia ele interagindo comigo. Engraçado que ele também reconhecia a voz do pai.
 
      É muito importante esse bate-papo com o bebê, já é comprovado cientificamente que esse ato estreita o vínculo e também transmite segurança, pois ele terá na voz da mãe algo conhecido para quando sair do útero e enfrentar um ambiente estranho.
 
      Também é comprovado que reconhecendo a voz da mãe o bebê fica mais calmo e confiante. Mas o papai também pode e deve participar. Não porque ele está sendo carregado na barriga da mamãe e por escutar diariamente a voz dela que a criança só deva ter contanto com ela. O papai pode conversar com o bebê antes de sair para trabalhar, à noite antes de dormir, enfim, também criar esse vínculo.
 
      Outra forma de manter contato e estimular é através da música, sempre gostei de música e notava que com algumas ele se identificava mais, notava ele mais agitado ou mais tranquilo. Após o nascimento também mantive as música, além de cantá-las com ele, é muito gosto e ver a reação deles é muito legal!
 
      Por isso eu digo, não importa se te acharem meio maluquinha, conversar com a barriga de grávida é tudo de bom!