A fase das mentirinhas

Toda criança passa pela fase das mentirinhas. Aquelas mentiras que se misturam com as fantasias e que acontecem na primeira infância.

Até por volta dos 5 anos essa mistura de realidade e imaginação é comum, mas nem por isso aceitável. Entendemos mas podemos orientá-los.

fase das mentirinhas

Daniel está nessa fase, 4 para 5 anos, e hoje queria instalar um jogo no tablet {sim, ele sabe fazer isso sozinho e por isso a atenção tem que ser redobrada}. Sabendo dessa vigilância, ele veio pedir para instalar um jogo do Thor.

Como ele sabe que jogos de luta são controlados, perguntei se o jogo do Thor não seria de luta. Com a carinha mais linda e com um semblante com um sorrisinho, meu filho falou que o jogo não era de luta e que o Thor apenas dava um tchauzinho {imaginem a cena}.

Lógico que não acreditei, e aí cabe a intervenção.

O diálogo sempre é a saída, não apenas para essa situação, mas para todas as outras que envolvem a maternidade {e a vida em geral}. Conversar e mostrar que você sabe que a criança mentiu, que isso é feio.

Quando a fase da mentira é algo passageiro {digo isso porque para algumas crianças essa fase perdura}, um diálogo pode ser a chave para o fim das mentiras.

É importante manter o controle, mesmo quando a mentira for algo que tenha te tirado do sério. As vezes falando com uma voz e postura mais agressiva, a criança se intimida e não admita. Mas, falando de forma mais branda, e tentando entender o motivo daquela atitude, você consiga que seu filho admita que mentiu e também que perceba que mentir é ruim.

Caso a criança seja maior, explicar os problemas e consequências também ajudam no momento da argumentação, mostrar o que a mentira causa.

Crianças a partir de 6 anos já possuem um pensamento mais elaborado, e a mentira já é aplicada de uma forma mais real, e não tão fantasiosa quanto dos menores. Geralmente, nessa fase, as mentiras acontecem para se proteger, quando quebra algo e diz que não foi ela.

Mas, o mais importante e a base de todas, é o exemplo. Não adianta você explicar, dialogar, advertir e não fazer o que disse. Não adianta seguir o princípio do “Faça o que eu falo e não o que faço!”.

Crianças aprendem mais vendo do que ouvindo! Ainda mais com os pais que são seus exemplos.

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