Baú de Menino

A chegada do segundo filho

      Hoje abro as portas do blog para receber mais uma vez o projeto de blogagem coletiva Confissões Maternas. Mas, quem vai confessar um pouco será minha amiga Mara, que falará sobre a chegada do segundo filho (ela, assim como eu, é mãe de dois meninos).
 
      Sou a Mara Mota, mãe do Pietro 06 anos e do Davi 04 anos, tenho 37 anos, compartilho meu dia a dia no Instagram @soumaedemeninos. Hoje vamos falar sobre a Chegada do Segundo Filho. Para mim, foi e está sendo uma experiência única e transformadora, ser mãe de dois. 
 
Ter um filho já é uma grande responsabilidade, imagine dois ou mais… (Arquivo Pessoal)

      Esse é um assunto que mexe com muitos pais, pois ter um filho já é uma grande responsabilidade e requer mudança de vida, então imagine dois ou mas filhos!
 
      A chegada do segundo filho gera dúvidas, medo e ansiedade. Será que vou amar o segundo filho como amo o primeiro? Será que vou amar menos o primeiro por causa do segundo? Não quero ter preferência por nenhum, quero amar igual, isso será possível? Qual o momento ideal pra ter o segundo filho? E se não for do mesmo sexo do primogênito, vai ser mais fácil ou mais difícil? Mas, meu filho é tão calminho e, se o segundo for agitado? Nesta casa caberá mais um ou teremos que nos mudar? Terei condições financeiras pra isso?
 
      Comigo não foi diferente. Eu e meu marido, pensávamos da chegada do segundinho, e ao mesmo tempo ficávamos ansiosos, no quanto isso atingiria a nossa vida como um todo e principalmente o nosso primogênito. O possível ciúmes e o medo que ele sentiria de perder o colinho.
 
É preciso ter jogo de cintura e saber que tudo vai passar… (Arquivo Pessoal)
 
      Meu filho já estava com quase três anos, e já pensávamos em dar um irmãozinho para ele. Nos nossos planos, isso aconteceria, quando ele tivesse 4 anos.
 
      Mas nossos planos são um, e o de Deus outro. Aconteceu que antes mesmo, que meu filho completasse 3 anos, eu engravidei. Foi uma alegria para nós.
 
      E depois paramos e pensamos: e agora? O jeito era prepara-lo durante toda a gravidez, a chegada do irmão, conversamos com ele, explicando que ganharia um irmãozinho, um amigo pra toda vida. E quando ele soube que seria um menino, ficou super feliz. Com o decorrer da gestação, foi tudo tranquilo, ele dizia para todos que ia ter um irmão. Mas, eu sabia que essa tranquilidade toda, poderia mudar com o nascimento do bebê.
 
      E claro, mudou.
 
     O ciúmes já esperado, começou aparecer. Posso dizer, que ele regrediu um pouco em seu desenvolvimento infantil, ele voltou a fazer xixi na calça, querer chupar chupeta , coisa que ele não fez, nem quando era bebê, e as birras pioraram. Mas sabíamos que tudo aquilo era pra chamar atenção. Pois ele nos via cuidando do bebê de uma forma que não cuidávamos dele, mas não entendia que os cuidados para com ele eram diferentes por causa do tamanho. O que é normal. Por isso, meu marido e eu conversamos, e concordamos em ter paciência e dar a ele o tempo necessário para ele compreender essas diferenças. Nessas horas, a aproximação do pai com o mais velho, é essencial. Sair mais juntos, brincar mais, mudar um pouco o foco da criança, ajuda bastante, faz com ele se sinta tão amado e tão importante quanto ao irmão.
 
     É preciso ter aquele jogo de cintura, e saber que tudo vai passar. Paciência é fundamental nessas horas, afinal, tudo é novidade, para os paise para o filho mais velho. Claro que o desgaste tomou conta de mim. Por muitas vezes, pensei: será que vou superar essa fase! Chorei também, por alguns momentos, dar atenção para dois ao mesmo tempo não é fácil. A tal da culpa que nós mamães sentimos, me perseguia. Me perguntava, se seria hora mesmo de ter tido outro filho. Com o decorrer do tempo essa culpa, foi sumindo, 
Hoje, eu sei, que a melhor coisa eu fiz, foi ter dado um irmãozinho para meu filho. Eles  estão com 4 e 7 anos. E sim! Superei cada fase até aqui, e vejo que valeu a pena ter o segundo filho, vejo o Amor e Cumplicidade que eles tem.
 
       Não se desgrudam, um defende o outro sempre.
 
      As briguinhas de irmãos, é claro que existe, as diferenças de um para o outro, também existe, cada filho é único, tem sua personalidade e seu jeito de ser.
Mas o Amor que sentimos pelo segundo ou terceiro, ou quantos filhos for, será tão forte, intenso e incondicional, quanto o Amor pelo primeiro Filho.
 
      Temos essa capacidade de amar todos por igual.
 
     A frase, “Amor de mãe, não é dividido e sim, multiplicado”, é clichê no meio materno, mas é a mais pura verdade!
 
      O Amor pelos filhos é incondicional!
 
     E pra quem tem dúvidas, em iniciar esse novo processo de ter outro filho só digo uma coisa. Deixe que a vida te surpreenda, e você verá, que valeu a pena, ter se arriscado e multiplicado esse Amor, que só a maternidade/paternidade nos proporciona.
 
      Cada um tem uma visão e uma escolha, dá uma olhada na confissão das integrantes do grupo:
“Amei o tema da semana. A vontade de ter um segundinho (a) está minando meu coração. Amo muito meus irmãos e queria proporcionar esse tipo de relação ao Pedro. Por outro lado tenho alguns medos!
Como fui mãe depois dos 30 anos não posso esperar terem uma grande diferença de idade. Também penso na reação do Pedro com um bebê em casa. Moro longe da família e não tenho com quem contar. Seremos eu e marido sempre.
Com relação ao amor, acredito que como Mara disse ele multiplica. Mas posso ter mais afinidade por um deles? Essa é uma dúvida! 
Vou acompanhar o bate-papo de quarta que com certeza dissipará vários dos meus medos e ajudará outras mães.”
 
“Eu sempre quis muito o segundo filho, e Diego, marido, sempre terminantemente contra a ideia. Sua desculpa era, já temos uma que vale por dois. Acredito que a insegurança de pai, gerou nele a desconfiança e a incerteza de que um segundo filho não era realmente necessário. Eu, ao contrário, acreditando que o segundo além do amor, seria o companheiro de Melissa, alguém para dividir o dia, a vida, os momentos. Eu venho de uma família com irmã e meia irmã, e não consigo me imaginar fora deste contexto, e gostaria que minha filha tivesse a mesma sensação de acolhimento e de união que um irmão traz. Infelizmente, não sei se ainda terei a chance de conceber outra vida, mas creio plenamente que um segundo filho muda tudo para melhor, pois ensina a multiplicar amor.”
 
“Sou mãe de duas princesas com idades bem diferentes 9 anos de diferença, sempre quis ter dois filhos amo as duas de igual modo, e o amor só aumenta, elas são amigas o ciúmes é bem moderado e com certeza a vida me surpreendeu de uma maneira linda e maravilhosa amo ser mãe de duas.”
 
“Assim como a Mara, sou mãe de dois, mas no meu caso a diferença de idade é de 7 anos. Gabriel começou a pedir um irmãozinho aos 6 anos e foi aí que a ficha caiu para meu marido e eu, até então não pensamos em “encomendar” um irmão para o Gabriel, apesar de querermos. Quando o Daniel chegou, o primogênito ficou feliz e radiante, me ajudava muito e compreendia que ele precisava de muitos cuidados, e o marido ajudou muito nessa fase, acho de extrema importância, aí o contato com o pai se intensificou . Ter dois filhos é uma delícia, mas vocês devem imaginar que não é o País das Maravilhas, né? Eles brigam, disputam e tenho a impressão que nessas horas a diferença de idade diminui. Quando engravidei, tinha medo de não amar o caçula o tanto que amava o primogênito, e te garanto, você ama igualmente! Incrível, parece que o coração aumenta de tamanho, para não dividir o espaço, aquela máxima, amor de mãe não se divide, multiplica-se. Mas os gastos também, por isso, acho muito importante um planejamento.”
 
“Ah… é bom demais ter irmãos, eu tenho 3 e não sei o que seria de mim sem eles. Pensando assim, minha opção de ter outro filho era certa, pois é, apenas era, porque na prática vemos outros impecílhos… fora o trabalho, despesas maiores ainda que por enquanto impossibilitam a chegada de um irmãozinho para o Joseph. Como já tenho 37 anos, isso pesa também, porque sei que o tempo corre contra mim e a decisão precisa ser tomada. Confesso que a insegurança é companheira, mas ao ler relatos e saber o quão proveitoso é ser mãe novamente, acho que passamos a acertar mais do que como foi com o primeiro filho… é desafiador. E o amor… ah… como foi dito Multiplica! Fico querendo sentir e viver todo esse amor… quem sabe?!”
 
“Sou a mais velha de 3 irmãos e posso afirmar que ter irmãos é nunca estar só. Eu tenho pensado muito nisso, sou mãe apenas da Maria Eduarda de 4 anos, mas eu e marido estamos ensaiando um segundinho, não tenho problema em ela ser filha única ( como dizem que fica mimada e tal…) e sim em ela não ter irmãos. Sei que durante a vida temos muitos amigos mas irmãos é irmão e não há substituto! Minhas maiores dúvidas na verdade é a estrutura financeira que tudo isso acarreta, serão duas escolas, dois cursos de inglês, duas faculdades…( sim, por que fralda é mínimo perto de tudo isso e eu e marido somos planejados até demais quanto a isso apesar da Maria ter vindo sem planejamento!) 
Minha mãe também sempre me incentiva com ” Se você acha que dois dobra o trabalho, esquece! Dois triplica!” Hahahah Mas mesmo com tudo isso a chance da Maria ter um irmão está alta… E que o amor se multiplique!!!!”